10 de maio de 2010

Ser Fã ou Não Ser!

Muitas vezes paro e me pergunto se eu sou uma pessoa fanática (não “fanáutica”, não confundam, pois eu sou uma pessoa “jovem”).
Será que sou fã de alguma coisa?
E se sou... pelo que ou por quem.
Fui atrás de uma definição pra descobrir a solução pra minha pergunta:

“Fã é uma pessoa dedicada a expressar sua admiração por uma pessoa famosa, grupo, idéia, esporte ou mesmo um objeto inanimado.”

Encontrei essa definição na internet.
E por ela, acho que todos somos fãs de alguma coisa ou alguém, não?
Porque imagina que vidinha mais morna você não ter nada pra admirar, se espantar ou se assombrar...
Não to falando aqui do malassombro.
Mas do assombramento que maravilha e encanta.
O anjo do Apocalipse já avisa há muito tempo:

“Sei que não são nem frios nem quentes...mas, porque são apenas mornos, vou vomitá-los.”

Não penso que me enquadro na categoria dos vomitáveis. Não, definitivamente não sou uma pessoa morna.

“Na Filosofia, a «admiração» ou «espanto» é o princípio fundamental para começar a filosofar, ou seja, é um processo atrativo através do qual não passamos indiferentes perante qualquer coisa, colocando-nos em movimento, terminando no conhecimento de si, como desconhecendo-se («só sei que nada sei», Sócrates) ou desconhecendo as coisas. Assim, admirar-se perante qualquer coisa é ter a capacidade de questionar o que parecia evidente, procurando esclarecer o que se apresenta como obscuro.”

Mas ainda não é sobre essa admiração filosófica (tentando responder: quem eu sou?) que me questiono e sim na admiração sem sentido e aparentemente irracional que nutrimos por coisas, pessoas ou ideias.
Daquela que você não ganha nada em troca por nutri-lá.
Ou será que ganhamos?
Porque como explicar a imensa satisfação e alegria por ver seu time de futebol vencer, ou a dor e sofrimento por vê-lo perder... Ou então torcer por algum competidor num reality show na TV e até mesmo votar, para que ele vença... Ou parar na rua pra admirar o design de um carro novo que tá passando e ficar extasiado por vê-lo passar... Ou se sentir a pessoa mais importante do mundo porque conseguiu um autógrafo do seu ídolo...
(pra que serve mesmo um autógrafo?)
Se, depois, o mundo segue da mesma maneira e nada, absolutamente nada, vai mudar na sua vida depois desse dia?
Definitivamente algo deve mudar.
Bem dentro do nosso ser, algo deve mudar.
A emoção do assombro, espanto, admiração e encantamento é o que faz sua mente lembrar que sua alma tá lá.
Irracional, emocional e viva.
Mesmo na derrota.
Lembramos da nossa existência.
E é nesse momento que temos a certeza que vale a pena continuar sendo fãs.
Irracionais mas felizes.
E a vida continua!
E... como hoje eu to fanática, vou dividir esse post em dois!
...

* A foto desse post foi tirada por mim, dia 20/02/2006, no show do U2, no Morumbi, em São Paulo.

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