16 de maio de 2012

De Volta Pra Caverna!


Cansei dos agentes e afim´s da internet.
Mesmo achando que ninguém tenha a obrigação de saber escrever tudo certo.
Às vezes acho que não... às vezes acho que pelo menos essas palavras teriam.
Até porque escrevendo errado, o significado muda.
Ou então eu tenho uma estranha mania de tentar entender o que está escrito... como está escrito. Acho que minha implicância com o português escrito errado vem daí.
Afinal, qual é a dificuldade em separar o agente?
Toda vez que leio um “agente”, só acho que estão todos desempenhando a função.
E da pior maneira possível: a de agentes do patrulhamento da individualidade alheia.
a.gen.te  adj. 3. Quem trata de negócio por conta alheia (que não é nossa). [Aurélio]
gen.te  subs. 3. O ser humano. * A gente -- > A pessoa que fala; eu, nós. [Juro que tb tem essa definição no Aurélio].
Ou seja, você faz um concurso pra Agente da Polícia e pra gente você nem precisa, você já é!
AGENTE ≠ A GENTE (acredite, não é a mesma coisa).
O afim então... Esse eu já desisti mesmo. As pessoas escrevem afim com uma naturalidade incrível. Eu fico lá relendo a frase na esperança de encontrar alguma afinidade nela. Até descobrir que na verdade o que a pessoa tinha era uma intenção e não uma afinidade.
AFIM A FIM (eu juro!)
Mas daí, voltando ao agente-patrulha, cairia eu nessa mesma turma de patrulheiros dos escritos alheios ao pregar o emprego sempre certo do português?
Mas e até que ponto isso é uma patrulha? Querer ver o português escrito corretamente?
(Pelo menos aquele que altera o significado do texto, né. Porque ‘mecher’ e ‘enxer’... a gente pensa: ok, não quer usar o corretor ortográfico a seu dispor, whatever!!!)
Já a patrulha dos que não querem ouvir opiniões diferentes...
Pensando bem, será que até pensar assim é ter opinião diferente?

Mas acho que no final das contas é a minha teoria única de sempre:
As pessoas não querem ver quebrada é a dinâmica do equilíbrio.
Semana passada escrevi no fb uma frase:
“01 sonho: que as pessoas aprendessem a colocar fotos de um mesmo assunto dentro de um álbum do facebook... ao invés de inundar nossa tl com milhares de fotos.
Mural não é local pra postar foto de viagem --> fica a dica!!!” 
-- > O sonho sempre vem pra quem sonhar (já dizia Xuxa)!! J
O resultado do meu sonho? Recebi como respostas:
“deixa o povo”, “comédia”, “tá nervosa”, “nem parece que tá de férias”, “se responsabilize pelos seus atos”, “não comente determinadas coisas aqui”, “reveja suas amizades no fb”, “relax”, “pegou ar”, “você é muito braba”.
Gente, o que foi isso? Tive que reler várias vezes pra ver se nas entrelinhas eu tinha escrito algum verbo com duplo ou triplo sentido que tivesse ofendido profundamente a comunidade mundial do facebook (ou escrito algum “afim” ou “agente” separado - noooossa!!).  
E vejam bem: não foi pedido, não foi constatação, não foi xingamento, foi apenas um sonho. Na minha página pessoal. No meu mural. Que, teoricamente, eu teria o direito de escrever o que eu bem entendesse. Eu não marquei ninguém. Não escrevi pra ninguém.
Mas, fui lá...pedir desculpas publicamente pelo desequilíbrio da nação!
Afff...
Mas afinal: PRA QUE SERVEM OS ÁLBUNS DE FOTOS DO FACEBOOK?
hahahahahahahahaha Fala sério!!
Você não pode contestar, nem estando certo.
Tem que lagartixar (balançar a cabeça).
Se escreveu errado? Deixa, menina.
Aff... já vem Robi falar.
Como se Robi estivesse errada né.
Pensar diferente? Nem se atreva! Pelamordedeus. Não me venha com essas opiniões contrárias. Tava tudo tão em paz aqui.
Aff...lá vem Robi falar.
Que menina estressada e braba. Sempre pensando. Afff...detesto quem pensa!
Sério! É assim que eu leio essas frases!

Pensar diferente dá um trabalho...
Aliás, pensar dá um trabalho...
Ler dá um trabalho...
Refletir dá um trabalho...
Contestar dá um trabalho...
Se expor dá um trabalho...


E se antes eu achava que as pessoas estavam vivendo no mundo de Caras...agora acho que elas definitivamente voltaram pra Caverna de Platão.
E eu, pobre prisioneira libertada, fico voltando lá pra caverna, perdendo meu tempo, tentando fazer as pessoas olharem pra fora.
Mas não tem mais como voltar a me contentar com as sombras lá dentro.
É um risco que não tenho como correr.
E nem quero!

3 comentários:

Cássia on 16 de maio de 2012 às 08:12 disse...

Isso mesmo!!! É a cegueira para o conformismo social... A venda que impede a clareza das ideias, das próprias opiniões e levam a perpetuação da opressão mental... Nossa...

Eu já digo isso há muito tempo. A alienação formada por doutrinas seculares de opressão...

Minha inquietude já foi bem maior, tal como a sua, talvez, mas hoje vejo (ainda bem) que se não consigo mudar o mundo, que eu mude o da minha família, dos meus próximos e que esses mudem a dos seus próximos...

Para os cegos, a lama...

Só me resta rir deles :))))))))

D. on 16 de maio de 2012 às 09:56 disse...

Amei!
Recuso-me a ficar na caverna de novo (ou denovo? ou será que é dinovo? ahhahahaha)...

amei, robi!

Irlandês Maluko on 17 de maio de 2012 às 23:05 disse...

Ninguém aqui leu "cinseridade", "falcidade" e outro erro que não lembro, mas que vi enquanto fuçava o orkut de uma estudante de jornalismo.

Então assim, vocês não sabem o que é sofrimento :p

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