20 de maio de 2012

A Rebeldia dos Seres Não-Vivos!


Quando você está de férias todo dia é domingo. Ou segunda-feira.
E como hoje era domingo, poderia ser segunda-feira também.
E, por isso, acordei e fui fazer compras no supermercado.
Mas já era tarde (duas da tarde) e as compras nem eram tantas assim.
Mas tudo isso nem importa.
O problema foi quando voltei pra casa.
Não encontrei a chave de casa. Coloquei todas as compras no chão.
Vasculhei todos os cantos da bolsa. Nada de chave. Tirei tudo da bolsa. Sacudi.
Xinguei a coitada (de mim) por usar uma bolsa tão grande (e, claro, colocar milhares de coisas dentro) e nunca conseguir achar nada... e nada de chave.
Pensei: deve ter caído lá no térreo. Desci. Procurei. Pedi ajuda ao porteiro. E nada!
Subi. Peguei o celular pra ligar pra casa da minha mãe (ia ter que ir lá ou pedir pra alguém vir na minha casa trazer a chave reserva. Era o jeito).

E meu celular? Tava manifestado. Não ligava. Não desligava. Não desbloqueava. Aparecia apenas, no visor, a mensagem de bloqueado. Tentei de tudo pra desbloquear. Pra desligar. E nada!
E quem tem o bendito Nokia N8 sabe. A bateria dele é interna. Não dá pra simplesmente “tirar” a bateria.
Enfim, sem celular pra ligar e sem chave pra entrar em casa e com compras esparramadas pelo chão... só me restava ir pra casa da minha mãe pegar a chave reserva.
Mas, numa última tentativa, resolvi tirar tudo da bolsa de novo e sacudir ela freneticamente no ar.
E eis que ouço um barulho de chave...
A esperta tinha entrado, não sei como (com as próprias pernas, provavelmente), pelo forro da bolsa. E tava lá, escondida.
Como eu não tinha comprado nem faca nem tesoura no supermercado, só me restou investigar, até descobrir, por onde eu poderia tirar a chave de lá, e finalmente entrei em casa.
E, depois de guardar as compras, fui tentar resolver o mistério do celular.

Ele tava lá. Cheio de vontade própria. Aliás, sem vontade nenhuma.
E eis que tive uma brilhante ideia: -“Vou ligar pra ele do fixo!”.
De repente ele tocaria, eu conseguiria atender e desligar. Enfim...
-"Ha-ha-ha!" (disse o celular pra mim!)
Ele começou a tocar. E não parou mais.
Nem depois que eu desliguei o fixo.  Nem depois que tirei o chip. Nem depois que tirei o cartão de memória. E a tela continuava bloqueada. E ele não desligava. E ele não parava nem de tocar nem de vibrar. Ininterruptamente. E a bateria estava totalmente carregada. E a bateria do Nokia N8 dura uns 2 dias inteiros.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH

Eu coloquei ele embaixo de uma pilha de coisas e roupas na esperança de não ouvir mais a música e a bateria finalmente acabar.
E David Bowie cantou 2 horas seguidas. Sem parar. E a bateria do celular não desceu um tracinho sequer. Continuava carregadíssima.

Eu já disse que tinha acordado com dor de cabeça? Imagina como eu tava nesse momento...
Mas, mais uma vez, numa última tentativa antes de um ato drástico (jogar ele pela janela), resolvi colocar ele no carregador (eu sei, foi um ato arriscado carregar ainda mais a já carregada bateria, mas vai que dava um choque de realidade nele...sei lá. #desesperada).
E quando conectei, ele parou de vibrar (ainda tocando a música sem parar - e bem alto) e tentei novamente desliga-lo. E, depois de algumas tentativas, ele desligou.
Ufaaa!!! Deu até medo de ligar ele de novo. Mas coloquei o chip, liguei e ele funcionou como se nada tivesse acontecido (e claro, tinham milhares de mensagens “te ligou”, “te ligou”, “te ligou”).
Preciso trocar de celular!
URGENTE!!!

E, pra completar meu domingo de revolta dos seres não-vivos, às 7 horas da noite fui jantar, pois tenho que fazer um exame de sangue amanhã, às 7h da manhã (12 horas de jejum).
Mas eis que... resolvi procurar a requisição antes pra ver se era isso mesmo e... cadê a requisição?
Eu procurei a requisição em exatamente TODOS os papéis que existem dentro da minha casa (e, claro, aproveitei pra organizar a média-baguncinha que ocorria).
Às 22h me dei por vencida.

Nem jantado eu tinha ainda. Tava com fome e não tinha encontrado a bendita requisição. O jeito seria ir ao médico novamente pra pedir outra (a consulta que eu iria pra mostrar os resultados – que triste!).
E vim pra a mesa do computador e quando puxo o teclado, aparece a ponta de um papel. E o que era? Claro, a requisição.
Que deve ter ido voando, com as asas que ela não tem, pra debaixo do teclado do meu computador que não tem nenhum papel. Nunca!

E, se eu fosse Pollyana (quem?), eu iria jogar agora o “jogo do contente” (e ainda colocaria um solzinho sorrindo aqui).
Mas eu sou Robi e a única coisa que penso agora é:
“Finalmente vou trocar meu celular e nem vou mais precisar acordar cedo amanhã. Meu exame só pode ser feito depois das 10h.”
E sim, já troquei o toque do meu celular!

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