11 de dezembro de 2012

Um fim de tarde no Recife!


Numa tarde de uma semana de dezembro, a pessoa é convocada pra uma missão ninja de trabalho, envolvendo fotografia, e na hora topa (mesmo sendo ninja, mesmo sendo trabalho).
E topa só porque adora fotografar.
E a missão envolve entrar em palácios em reformas e subir em telhados de prédios.
Mas tudo vale a pena, a pessoa pensa, pois a recompensa deve vir em forma de aventura ou pelo menos na mudança de rotina (quem não acharia bom poder entrar em palácios em reforma só porque tem uma missão ninja??)
E a pessoa topou, quando foi convocada! Então, tem que ir!
E nem era pra acordar cedo!
Tava valendo!

Só que para a missão ser cumprida, depois de tudo instalado, era necessário esperar o sol se pôr.
E já que a câmera estava ali...
E já que teríamos que esperar...
E a tarde prometia... um espetáculo solar!!!




E quando ele já tá quase se pondo, tudo é tão incrível que a pessoa resolve tirar o zoom da câmera pra ver se é verdade mesmo. 

E é!

E finalmente o espetáculo acaba! E todos aplaudem. 

E a pessoa tava tão impressionada com todas as cores que viu que nem lembrava mais onde estava.
Daí se vira e se depara com a cidade do Recife anoitecendo!



Agora diz se dá pra achar ruim alguma coisa depois disso tudo???
Nem o trânsito da volta!
Só por hoje!
:)

*Um agradecimento especial à Dona Carmem. Pela paciência e pela paisagem cedida! :)

29 de setembro de 2012

A Queda de Diogo Mainardi


Eu odeio Diogo Mainardi.
Todos odeiam Diogo Mainardi.
Quem diz que adora ele, na verdade, no fundo no fundo, tá querendo polemizar.
Se passar por uma pessoa “do contra”, “revoltada”.
E Diogo Mainardi provavelmente detesta esse tipo de pessoa.
Porque, de fato, ele sempre escreveu com o objetivo de ser detestado.
Essa é a diversão dele. Essa é a motivação dele (pelo menos é isso o que eu penso).
Ele é o dedo apontado na cara. Ninguém gosta de um dedo apontado na cara.
Escrever pra ser adorado e ser unanimidade, acho que nunca esteve nos planos dele.
E acho também que se ele dependesse disso pra continuar escrevendo, ele não teria passado anos escrevendo sua coluna semanal para a Revista Veja.
Acabaria sua motivação.
E, apesar disso, foi a coluna mais lida durante todo o período que ele escreveu pra Revista. Mesmo sendo odiado por todos.
Não existe nada mais chato do que quem passa a vida tentando agradar todo mundo.  
Mesmo se desagradando. Caçando estrelinhas de aceitação pra colar no álbum pessoal.
E depois, vai fazer o que com esse álbum? Sair mostrando por aí?
Não, obrigada. Ninguém está interessado em ver. Aliás, eu não estou interessada em ver. Prefiro o dedo do Diogo Mainardi apontado na minha cara!
Nem que seja pra odiá-lo!

Acabei de ler um livro do Diogo Mainardi.
“A queda – As memórias de um pai em 424 passos”.
No livro, ele conta a história do seu filho que nasceu com paralisia cerebral, vítima de um erro médico.
Não, eu não comprei o livro pra ler. Eu jamais compraria um livro dele.
Afinal, eu detesto Diogo Mainardi.
"Roubei emprestado” de um amigo ontem. Li ele todo hoje. Vou devolver amanhã.
O livro é tão inteligente, tão bem escrito, tão objetivo.
Ao mesmo tempo é tão emocionante, tão profundo, tão comovente.
Sem dramas, sem pieguices, sem apelos.
Acho até que eu compraria esse livro pra ler se já não o tivesse lido.
E posso até o comprar pra dar de presente a alguém.
E recomendo a leitura pra quem ainda não leu.
E acho que continuarei odiando o Diogo Mainardi.
Mas não o pai, só o personagem!


“É uma declaração de amor,
 uma declaração do jeito que eu sei declarar. 
 É a minha serenata para o meu filho.”   
 Diogo Mainardi, sobre o livro.


11 de setembro de 2012

Hoax: esse Alien!

 Fonte

Até quando??
Até quando as pessoas vão ficar postando coisas malucas nos seus murais de facebook? (graças a Deus ainda existe o twitter para a minha sanidade -- > que eu só posso atribuir a sua “não globalização” ao fato de só existirem letrinhas nele! Ufa! Ainda bem que nem todos gostam de ler - não, não tem figurinha pra ver...vá, volte pro face!!).
Mas essa semana tá fogo viu.
Passei o sábado inteiro trabalhando e meu celular não parou de apitar, com mensagens do whatsapp (vejam a que ponto chegamos: do whatsapp --> do seu celular. Supostamente algo privado, que vc só recebe literalmente de amigos e não de desconhecidos da internet) e a mensagem era sempre a mesma: “pelamordedeus... repassem...o whatsapp vai ser cobrado... preciso mandar para o maior número possível de pessoas pra isso não acontecer comigo” (ou algo parecido – deletei todas!).
Todos os elementos de um hoax
Sem nada faltando!
E lá... minha listinha inteira do whatsapp me enviando a bendita. Comecei até a responder questionando a veracidade. Tipo assim: quem te disse isso, né... porque não é porque eu recebi que irei repassar.
Foi um anúncio oficial? Saiu na tv? Outdoor? Site? Imprensa escrita? Falada?
Claro que não né...
Hoaxes nunca são reais... só no imaginário das pessoas.
E tome mensagens e apitos.
E eu trabalhando. Sem poder mandar uma geral pra todos e dizer: PAAAAREM DE ACREDITAR EM TUDO O QUE LEEM NA INTERNET (e no celular, e no email, e no horário político e por aí vai...)
Daí, quando parei no domingo pra finalmente entender o que tava acontecendo, já tava lá, no site do whatsapp (sim, fui procurar saber porque tinha tanta gente sabida e desesperada me mandando isso) um comunicado oficial dizendo que, claro, se tratava de um hoax.
VA total (VA --> vergonha alheia, pra quem não sabe!). Que mico! VA é o que melhor define esse episódio!
Comunicado oficial do whatsapp -- > Aqui!

Daí, chega a segunda-feira e de novo, outro hoax no facebook.
Santa paciência, Batman!
Mas esse era do tipo muito ridículo! Se o outro era do tipo pirangueiro, esse era do tipo pedante mesmo: “Não autorizo ninguém a usar minha imagem ou nada do meu mural pra fins blá-blá-blá... “
RI ALTO!!!
E o negócio se espalhou...
Toda vez que eu lia dava vontade de responder: saia do facebook!!!
Simples assim!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Fico imaginando certas pessoas dessas, se fossem famosas.  Ai ai...
Na verdade é meio isso que ocorre. Já escreveram muito sobre isso.
O facebook é meio a calçada da fama do povo comum né...
Você, eu...todos nós...
Então só faltava isso mesmo: “Vou emitir um comunicado sobre minha imagem pública porque realmente ela deve interessar para milhares de pessoas né...então quero deixar todas as regras bem claras sobre o uso da minha imagem e da minha vida, que eu exponho todos os dias aqui no facebook!
Cuém Cuém...
Hoax! Ninguém tá nem aí pra o uso da sua imagem ou conteúdo do seu perfil!

É muito pedantismo misturado com maluquice nesse mundo viu!
As pessoas enlouqueceram de vez!

Mas afinal, o que é um hoax??
Dá-se o nome de hoax ("embuste" numa tradução literal, ou farsa) a histórias falsas recebidas por e-mail, sites de relacionamentos e na Internet em geral, cujo conteúdo, além das conhecidas "correntes", consiste em apelos dramáticos de cunho sentimental ou religioso.
Este tipo de mensagens tem por finalidade levar os menos informados a distribuir o e-mail pelo maior número de utilizadores, com a finalidade de entupir os servidores de e-mail.
Também este tipo de mensagens pode ser utilizado por alguém mal intencionado que, se aproveite dos endereços de e-mails assim obtidos por esta via, para construir uma base de dados, para posterior venda ou envio de SPAM. Hoaxes comuns são sobre o do fim do Orkut, o MSN Messenger tornar-se pago, como reativar uma cópia do Windows, fim da Internet, etc... Esses Hoaxes são criados basicamente para "chamarem atenção", e seu alvo são os usuários básicos. Portanto, o melhor a fazer, é apagar este tipo de e-mail para começarmos a quebrar a "corrente" dos seus autores.

Pois é... nosso mundo povoado de pessoas menos informadas e básicas, né.
Será???

Em 1938, Orson Welles narrou, numa rádio americana, uma peça chamada “Guerra dos Mundos”.
Contava a invasão dos Estados Unidos por alienígenas. Houve uma histeria coletiva e milhares de pessoas realmente acreditaram que Manhattan estivesse sendo invadida por marcianos.
Era véspera de Halloween.
E faz 74 anos.


"E assim caminha a humanidade
Com passos de formiga
E sem vontade..."

6 de agosto de 2012

Keep Calm


Um dia desses eu tava explicando pro meu amigo Ivan a origem do “Keep Calm and Carry on”.
Tava explicando porque ele veio me perguntar se eu sabia de onde vinha (e eu sabia).
E mais uma vez eu fico incrível como as pessoas não tem a mínima curiosidade de saber a origem das coisas (não to falando dele porque ele perguntou porque tava justamente curioso pra saber de onde vinha...afff... que vai-e-vem de explicação).
Mas, ao contrário dele, acho que a grande maioria das pessoas simplesmente nunca sequer se perguntou o que significa isso. Elas simplesmente mantem a calma e pronto!
Eu simplesmente não consigo.
Logo depois do boom do “keep Calm” fui no google descobrir de onde surgiu isso e pronto...me acalmei!
Nunca ia ficar calma com esses cartazes por ai...me pedindo pra manter a calma sem justificativa alguma!
Já tava quase assim ó --> 
Afinal, eu não sou uma pessoa calma! Não mesmo!
Mas enfim, hoje vi um video sobre a historinha do “Keep Calm”e achei legal colocar aqui.
Agora fica registrado.
E quem tiver interessado em saber, agora vai saber! E quem não tiver, vai saber também. Porque agora é tarde! Já tô contando!

A história é a seguinte:
“Durante a 2ª Guerra Mundial, o governo britânico teve uma ideia original: mandou imprimir três cartazes com mensagens de incentivo à população. Cada cartaz era de uma cor e eles tinham uma frase e a coroa do rei da Inglaterra, Jorge VI.
O primeiro tinha escrito:
“Your courage, your cheerfulness, your resolution, Will bring us Victory” -- > “A sua coragem, alegria e determinação vão levar-nos à vitória”.
No segundo tinha:  “Freedom is in peril, Defend it with all your might” -- > “A liberdade está em perigo. Defenda-a com todas as forças”.
Os dois cartazes foram publicados e rapidamente se espalharam pelo país afora.
O terceiro poster só foi conhecido no ano 2000.
Na época da guerra, ele ficou guardado para ser exposto apenas numa ocasião de ataque, e acabou não sendo publicado:
Keep calm and carry on” -- > “Tenha calma e siga em frente".
Ele foi encontrado no meio de livros empoeirados, num estabelecimento antigo, 61 anos depois.
O novo dono gostou tanto dele que resolveu pendurá-lo numa parede. Claro que mal imaginava que este pequeno gesto iria levar a tamanho sucesso. A partir daí, resolveu imprimir cópias da imagem e vendê-las aos clientes.”

Segundo o cineasta Temujin Doran, diretor do curta-metragem que explica a história do cartaz, o segredo está na simplicidade das palavras: “Oferecem uma mensagem transparente e sincera para ajudar a população a superar tempos difíceis. É um conselho que nunca envelhece: mantenha-se calmo e siga em frente”.

Vejam o video (só dura 3 minutinhos):



Ah, e lógico que com o "Carry On" surgiram todas as variações possíveis e imagináveis do cartaz. E cada um pôde criar a sua versão.

hahahahaha (adorei o Lorem Ipsum) 
E assim foi!

17 de julho de 2012

"Call Me Maybe"!

Eu sei! Eu sei!
Todos já postaram viram, criaram, dançaram, ouviram e não aguentam mais...
Mas eu não sou todo mundo...aliás, eu também faço parte do mundo!
E eu amo essa música!
Não sei explicar!
Bem, acho que ninguém sabe explicar porque todos fazem isso com ela.
Mas enfim, depois dessa última versão “Star Wars” que vi hoje dela...não pude evitar.
Tive que reunir pelo menos algumas mais legais aqui no blog.
 No meio de milhares que já vi.
Como não amar Obama cantando essa música?*
Ou os estudantes de Harvard?
Eu sei, é tosco. Mas eu já disse:
 Não tem explicação!
 E já que não preciso mais explicar nada, vou colocar meus vídeos preferidos de versões de “Call Me Maybe”, da Carly Rae Jepsen. 

Obama: *Eu só queria entender o que leva uma pessoa a passar horas cortando e editando discursos de Presidentes até conseguir uma música inteira! :)

Star Wars:

Jimmy Fallon (com a própria Carly Rae Jepsen):

Estudantes de Harvard:


“Hey, I just met you, and this is crazy 
But here's my number, so call me maybe”


Ah, e o video original? Não tem a menor graça! ;)

5 de julho de 2012

Miss Me!


E se uma pessoa resolvesse juntar numa mesma rua Bob Dylan, Paul McCartney, Kiss, Travis, Blur, White Stripes, Coldplay, Queen, Beatles, Fatboy Slim, Pink Floyd, Arctic Monkeys, Foo Fighters, REM, A-ha, Michael Jackson, Ramones, Dire Straits, Arcade Fire, Beyonce, Nirvana, Devo, Daft Punk, Ok GO, Radiohead e kings of Convenience?

E se ligasse uma câmera e saísse gravando tudo?
E cantando uma música?
Fernando Ventura resolveu juntar tudo isso para o projeto de conclusão do curso de Arte e Mídia da Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba.
E o resultado final? 

O clipe “Miss Me” do Projeto Grandphone Vancouver.



Detalhe: o video foi gravado em um único dia, numa rua na cidade de Campina Grande!
Achei massa!

20 de maio de 2012

A Rebeldia dos Seres Não-Vivos!


Quando você está de férias todo dia é domingo. Ou segunda-feira.
E como hoje era domingo, poderia ser segunda-feira também.
E, por isso, acordei e fui fazer compras no supermercado.
Mas já era tarde (duas da tarde) e as compras nem eram tantas assim.
Mas tudo isso nem importa.
O problema foi quando voltei pra casa.
Não encontrei a chave de casa. Coloquei todas as compras no chão.
Vasculhei todos os cantos da bolsa. Nada de chave. Tirei tudo da bolsa. Sacudi.
Xinguei a coitada (de mim) por usar uma bolsa tão grande (e, claro, colocar milhares de coisas dentro) e nunca conseguir achar nada... e nada de chave.
Pensei: deve ter caído lá no térreo. Desci. Procurei. Pedi ajuda ao porteiro. E nada!
Subi. Peguei o celular pra ligar pra casa da minha mãe (ia ter que ir lá ou pedir pra alguém vir na minha casa trazer a chave reserva. Era o jeito).

E meu celular? Tava manifestado. Não ligava. Não desligava. Não desbloqueava. Aparecia apenas, no visor, a mensagem de bloqueado. Tentei de tudo pra desbloquear. Pra desligar. E nada!
E quem tem o bendito Nokia N8 sabe. A bateria dele é interna. Não dá pra simplesmente “tirar” a bateria.
Enfim, sem celular pra ligar e sem chave pra entrar em casa e com compras esparramadas pelo chão... só me restava ir pra casa da minha mãe pegar a chave reserva.
Mas, numa última tentativa, resolvi tirar tudo da bolsa de novo e sacudir ela freneticamente no ar.
E eis que ouço um barulho de chave...
A esperta tinha entrado, não sei como (com as próprias pernas, provavelmente), pelo forro da bolsa. E tava lá, escondida.
Como eu não tinha comprado nem faca nem tesoura no supermercado, só me restou investigar, até descobrir, por onde eu poderia tirar a chave de lá, e finalmente entrei em casa.
E, depois de guardar as compras, fui tentar resolver o mistério do celular.

Ele tava lá. Cheio de vontade própria. Aliás, sem vontade nenhuma.
E eis que tive uma brilhante ideia: -“Vou ligar pra ele do fixo!”.
De repente ele tocaria, eu conseguiria atender e desligar. Enfim...
-"Ha-ha-ha!" (disse o celular pra mim!)
Ele começou a tocar. E não parou mais.
Nem depois que eu desliguei o fixo.  Nem depois que tirei o chip. Nem depois que tirei o cartão de memória. E a tela continuava bloqueada. E ele não desligava. E ele não parava nem de tocar nem de vibrar. Ininterruptamente. E a bateria estava totalmente carregada. E a bateria do Nokia N8 dura uns 2 dias inteiros.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH

Eu coloquei ele embaixo de uma pilha de coisas e roupas na esperança de não ouvir mais a música e a bateria finalmente acabar.
E David Bowie cantou 2 horas seguidas. Sem parar. E a bateria do celular não desceu um tracinho sequer. Continuava carregadíssima.

Eu já disse que tinha acordado com dor de cabeça? Imagina como eu tava nesse momento...
Mas, mais uma vez, numa última tentativa antes de um ato drástico (jogar ele pela janela), resolvi colocar ele no carregador (eu sei, foi um ato arriscado carregar ainda mais a já carregada bateria, mas vai que dava um choque de realidade nele...sei lá. #desesperada).
E quando conectei, ele parou de vibrar (ainda tocando a música sem parar - e bem alto) e tentei novamente desliga-lo. E, depois de algumas tentativas, ele desligou.
Ufaaa!!! Deu até medo de ligar ele de novo. Mas coloquei o chip, liguei e ele funcionou como se nada tivesse acontecido (e claro, tinham milhares de mensagens “te ligou”, “te ligou”, “te ligou”).
Preciso trocar de celular!
URGENTE!!!

E, pra completar meu domingo de revolta dos seres não-vivos, às 7 horas da noite fui jantar, pois tenho que fazer um exame de sangue amanhã, às 7h da manhã (12 horas de jejum).
Mas eis que... resolvi procurar a requisição antes pra ver se era isso mesmo e... cadê a requisição?
Eu procurei a requisição em exatamente TODOS os papéis que existem dentro da minha casa (e, claro, aproveitei pra organizar a média-baguncinha que ocorria).
Às 22h me dei por vencida.

Nem jantado eu tinha ainda. Tava com fome e não tinha encontrado a bendita requisição. O jeito seria ir ao médico novamente pra pedir outra (a consulta que eu iria pra mostrar os resultados – que triste!).
E vim pra a mesa do computador e quando puxo o teclado, aparece a ponta de um papel. E o que era? Claro, a requisição.
Que deve ter ido voando, com as asas que ela não tem, pra debaixo do teclado do meu computador que não tem nenhum papel. Nunca!

E, se eu fosse Pollyana (quem?), eu iria jogar agora o “jogo do contente” (e ainda colocaria um solzinho sorrindo aqui).
Mas eu sou Robi e a única coisa que penso agora é:
“Finalmente vou trocar meu celular e nem vou mais precisar acordar cedo amanhã. Meu exame só pode ser feito depois das 10h.”
E sim, já troquei o toque do meu celular!

16 de maio de 2012

De Volta Pra Caverna!


Cansei dos agentes e afim´s da internet.
Mesmo achando que ninguém tenha a obrigação de saber escrever tudo certo.
Às vezes acho que não... às vezes acho que pelo menos essas palavras teriam.
Até porque escrevendo errado, o significado muda.
Ou então eu tenho uma estranha mania de tentar entender o que está escrito... como está escrito. Acho que minha implicância com o português escrito errado vem daí.
Afinal, qual é a dificuldade em separar o agente?
Toda vez que leio um “agente”, só acho que estão todos desempenhando a função.
E da pior maneira possível: a de agentes do patrulhamento da individualidade alheia.
a.gen.te  adj. 3. Quem trata de negócio por conta alheia (que não é nossa). [Aurélio]
gen.te  subs. 3. O ser humano. * A gente -- > A pessoa que fala; eu, nós. [Juro que tb tem essa definição no Aurélio].
Ou seja, você faz um concurso pra Agente da Polícia e pra gente você nem precisa, você já é!
AGENTE ≠ A GENTE (acredite, não é a mesma coisa).
O afim então... Esse eu já desisti mesmo. As pessoas escrevem afim com uma naturalidade incrível. Eu fico lá relendo a frase na esperança de encontrar alguma afinidade nela. Até descobrir que na verdade o que a pessoa tinha era uma intenção e não uma afinidade.
AFIM A FIM (eu juro!)
Mas daí, voltando ao agente-patrulha, cairia eu nessa mesma turma de patrulheiros dos escritos alheios ao pregar o emprego sempre certo do português?
Mas e até que ponto isso é uma patrulha? Querer ver o português escrito corretamente?
(Pelo menos aquele que altera o significado do texto, né. Porque ‘mecher’ e ‘enxer’... a gente pensa: ok, não quer usar o corretor ortográfico a seu dispor, whatever!!!)
Já a patrulha dos que não querem ouvir opiniões diferentes...
Pensando bem, será que até pensar assim é ter opinião diferente?

Mas acho que no final das contas é a minha teoria única de sempre:
As pessoas não querem ver quebrada é a dinâmica do equilíbrio.
Semana passada escrevi no fb uma frase:
“01 sonho: que as pessoas aprendessem a colocar fotos de um mesmo assunto dentro de um álbum do facebook... ao invés de inundar nossa tl com milhares de fotos.
Mural não é local pra postar foto de viagem --> fica a dica!!!” 
-- > O sonho sempre vem pra quem sonhar (já dizia Xuxa)!! J
O resultado do meu sonho? Recebi como respostas:
“deixa o povo”, “comédia”, “tá nervosa”, “nem parece que tá de férias”, “se responsabilize pelos seus atos”, “não comente determinadas coisas aqui”, “reveja suas amizades no fb”, “relax”, “pegou ar”, “você é muito braba”.
Gente, o que foi isso? Tive que reler várias vezes pra ver se nas entrelinhas eu tinha escrito algum verbo com duplo ou triplo sentido que tivesse ofendido profundamente a comunidade mundial do facebook (ou escrito algum “afim” ou “agente” separado - noooossa!!).  
E vejam bem: não foi pedido, não foi constatação, não foi xingamento, foi apenas um sonho. Na minha página pessoal. No meu mural. Que, teoricamente, eu teria o direito de escrever o que eu bem entendesse. Eu não marquei ninguém. Não escrevi pra ninguém.
Mas, fui lá...pedir desculpas publicamente pelo desequilíbrio da nação!
Afff...
Mas afinal: PRA QUE SERVEM OS ÁLBUNS DE FOTOS DO FACEBOOK?
hahahahahahahahaha Fala sério!!
Você não pode contestar, nem estando certo.
Tem que lagartixar (balançar a cabeça).
Se escreveu errado? Deixa, menina.
Aff... já vem Robi falar.
Como se Robi estivesse errada né.
Pensar diferente? Nem se atreva! Pelamordedeus. Não me venha com essas opiniões contrárias. Tava tudo tão em paz aqui.
Aff...lá vem Robi falar.
Que menina estressada e braba. Sempre pensando. Afff...detesto quem pensa!
Sério! É assim que eu leio essas frases!

Pensar diferente dá um trabalho...
Aliás, pensar dá um trabalho...
Ler dá um trabalho...
Refletir dá um trabalho...
Contestar dá um trabalho...
Se expor dá um trabalho...


E se antes eu achava que as pessoas estavam vivendo no mundo de Caras...agora acho que elas definitivamente voltaram pra Caverna de Platão.
E eu, pobre prisioneira libertada, fico voltando lá pra caverna, perdendo meu tempo, tentando fazer as pessoas olharem pra fora.
Mas não tem mais como voltar a me contentar com as sombras lá dentro.
É um risco que não tenho como correr.
E nem quero!

15 de abril de 2012

Sobre Tempo, Vergonha e Comerciais de Margarina!


Tempo...tempo...tempo
Queria que meu dia tivesse o dobro de horas ultimamente.
Eu sei que isso não adiantaria nada.
As horas se esgotariam rapidamente em coisas pendentes que finalmente conseguiram o seu tempinho para serem feitas.
Por isso, pensando melhor agora, queria que meu sono tivesse o dobro de horas.
Isso sim adiantaria.
Me dezumbificaria um pouco.



Sei lá...me lembrei do Zumbi dos Palmares -- >   
hahahaha.
Meu avatar do Skype nas segundas-feiras 
quando tô com muito sono.
Fica todo mundo pedindo pra eu tirar (saudade dele).
 J





Mas não era sobre nada disso que eu queria falar.
Tava lendo hoje meu Reader. Tentando atualizar, chegar no dia de hoje pelo menos.
Meu Reader é muita maluquice viu. Tem de tudo. Quando acumula muito é que dá pra notar.
É uma leitura tão diversa que, às vezes, dá vontade de rir lendo.
Fico pensando que se eu marcasse um encontro com todos os escritores do meu Reader...muitos deles se matariam. Tipo assim, entre si.
Não seria um suicídio coletivo e sim um assassinato coletivo. :)))
Tá, deixa pra lá...nem vou tentar explicar isso.

Sei lá...me lembrei do google agora (tô lembrativa hoje!)
As pessoas vivem me perguntando o que significa isso ou aquilo. E me lembrei de uma reportagem que li com um escritor americano (Nicholas Carr) que disse que “o google vende distração”.
Uma frase que achei interessante, que ele disse lá foi:
“Compreender um assunto requer pensar profundamente sobre fatos e experiências e realizar conexões entre eles. Eu acredito que a web desencoraja esse tipo de construção do conhecimento...”.

Não tiro totalmente a razão dele. Ao invés de pensar, você simplesmente digita lá na web e descobre tudo. Agora, imagina as pessoas que nem digitam lá na web e simplesmente dizem: “não sei” ou então perguntam “o que é isso?”.
Pensar também ninguém quer né.
Tudo isso tem me dado uma preguiçaaaa...
E as pessoas acham que estão adquirindo conhecimento simplesmente lendo todo santo dia sua timeline do facebook. Porque pra isso todo mundo tem um tempo. Até de sobra.

Tava lendo hoje uns comentários lá no site da blogueira Shame. Na verdade, a melhor parte do blog, que não tenho tempo nunca de ler (Reader não mostra os coments).
Um blog que surgiu faz pouco mais de 6 meses e que deu uma sacudida no pacificado mundo deslumbrado das malucas blogueiras de moda desse país e suas fiéis e obcecadas seguidoras.
Engraçado, quando eu criticava essas malucas, sempre as amigas diziam que era só implicância minha.
Taí... Blogueira Shame pra provar que não.
Quase 12 milhões de visitas em pouco mais de 6 meses de blog. Quando eu falo...

Não que eu ache que número seja sinônimo de qualquer tipo de qualidade ou sucesso.
Mas como eu disse, visitar a parte de comentários do site rende, no mínimo, muitas risadas.
Sei lá... acho que o Nicholas Carr iria se orgulhar... pois não sei o quão profundo as pessoas pensam sobre os fatos debatidos ali, mas que elas realizam conexões entre eles...isso fazem viu... ainda que no final só reste diversão pra quem lê.
E pelo menos a discussão ocorre. E existem opiniões contrárias sobre um tema. Mesmo que sejam os mais variados e loucos possíveis (e que quase nunca tem a ver com o post do blog).
-- > Psicologia define!

Mas pelo menos não é um facebook da vida onde todos são felizes e comem margarina.

Essa semana, parei de seguir um site que sigo há anos. Inclusive que sou era (??) amiga das pessoas que fazem ele. 
Simplesmente porque elas não aceitam mais opiniões contrárias às delas.
E pasmem: deletaram um comentário meu.
Isso nunca tinha acontecido.
Fiquei chocada.
Tipo assim: facebookaram. Sério. 
O facebook lhes subiu a cabeça.
Acho que pensaram: “Pra que ter que ficar ouvindo pessoas que pensam diferente se temos esses milhares de seguidores do facebook que jamais falarão mal ou comentarão algo negativo? Nós não precisamos disso. Podemos viver só de elogios!!”.


Mas, como bem disse meu amigo Ivan, citando outros, no site dele:

"O que nos humaniza é o fracasso"

É... talvez viraremos todos zumbis. Ou pela falta de sono ou pela falta de fracasso aparente.

E só me restou parar de seguir o blog amigo. Porque se é pra ler e não poder falar nada (nem que seja pra concordar -- > sim, eu tb concordo... às vezes) , prefiro nem ler.
Pois, como a própria definição deste bloguinho aqui diz... e todos que me conhecem sabem:

Porque eu adoro falar...para não perder todas as ideias que passam pela minha cabeça...por isso escrevo!!

13 de janeiro de 2012

O Livro de Caras!



Há muito tempo atrás, eu tava fazendo minhas unhas num salão e uma amiga virou-se pra mim e disse:

Você já viu alguém infeliz na Revista Caras? Alguém feio ou pobre? Ou até passando por alguma dificuldade, angústia ou momento difícil?
Já notou que todos que aparecem nessa revista estão felizes, deslumbrantes e vivendo uma vida excelente? Essa revista é a prova impressa da felicidade!

Foi o que faltava pra eu, pelo resto da minha vida (ou da vida da revista) me lembrar dessa frase e tentar, todas as vezes que abro essa revista, em qualquer lugar que esteja, começar a procurar algum traço de feiura (haja photoshop), tristeza ou pobreza! Pra no final sempre constatar: Não existe ranger de dentes no mundo de Caras! Ela é o caminho pra felicidade!

Só que não, né.  (#dasfrasesdekatylenequeteajudamaseexpressarmelhor)

A dose de realidade chega quando você passa a última página da revista e ela escorrega e ao tentar segurá-la, a sua unha borra (e a unha nunca fica a mesma coisa se pintar de novo. Nunca!).

E foi assim que cheguei à triste conclusão: meu Facebook virou a versão eletrônica da Revista Caras.
E pior: além da felicidade infinita aparente, todas as pessoas são engajadas, militantes da ética, moral e bons costumes, lutam pelo bem dos menos favorecidos, combatem a corrupção no país e denunciam qualquer tipo de pessoa que ouse cometer algum tipo de crime “inafiançável”...  e tudo isso apenas com um click. Pois cada um tem que fazer a sua parte...e a parte que cabe a todos hoje em dia é compartilhar no seu mural qualquer coisa.
Ponto, já fiz minha parte”.
Compartilhando!
Diga não a isso!
E, sempre no final do texto/figura/absurdo a ser compartilhado, a fatídica frase:
“Se você quer mudar o mundo/existir/ser uma pessoa melhor (qualquer uma dessas versões), compartilhe”.
E vai dormir com a consciência tranquila, que fez sua parte por um mundo melhor!
"ai que felicidade"... suspirando.

Mas não! Compartilhar 1.897.456 vezes uma coisa não vai mudar sua realidade. Não a sua. Não a da coisa. Não. Você não se tornou uma pessoa melhor. Você não mudou o mundo. Sorry!
E não vou nem comentar sobre o embate “Contra x A Favor” do BBB e Teló.
Boring....

E acabei de notar agora escrevendo isso:
Facebook... Caras...face...rosto...cara....nossa! Mesmo nome até. Ou quase.
To dizendo! Cada vez mais comprovando meu (quase) teorema.

Teorema --> É uma afirmação que pode ser demonstrada verdadeira por aceitar operações e argumentos matemáticos.


Eu entrei no facebook em 2007 (descobri quando mudei minha página para a linha do tempo). A única pessoa conhecida que eu seguia era Leska, uma amiga que, claro, morava nos States (dia desses ela me disse que eu era a única amiga brasileira dela, nessa época, no face). Mas isso não importa.
Não esse fato. O que importa é que o face era completamente diferente do que é hoje. Menos felicidade, mais realidade.
O objetivo era outro (ou pelo menos aparentava ser. Não dá pra saber direito. Eu não seguia muita gente).

E os virais do face? Ahhhh, os vídeos virais!
Se surge algum video na internet...você tem o-b-r-i-g-a-ç-ã-o de compartilhar na sua página. Afinal... É lindo, emocionante, digno, descolado... engajado... já vi na página de alguém... já vi ontem... vi semana passada... faz 6 meses que tá na internet.... aff... de novo isso?

Que o diga Adele.

Não sei se vocês sabem mas Adele estorou no Reino Unido em janeiro do ano passado. Em março, os britânicos não aguentavam mais ouvir “Someone like you”.
 “Rolling into Deep” foi o sucesso do verão americano do ano passado. E o verão lá é no meio do ano (pra quem ainda não sabe).
E você tem que aguentar em dezembro (sim, dezembro, 11 meses depois, na sua timeline do face, a cada 2 segundos, alguém postar um desses 2 videos com a frase: “Já viram a novidade?”, “Adele, uma cantora que surgiu agora, do nada!", “Ela é incrível!”, “Eu tenho que compartilhar esse meu conhecimento com o mundo”.
E eu só pensava: Eu to doida ou eu fiz um post neste blog sobre exatamente essas duas músicas em 05 de junho de 2011?


E ai de você se você não concorda com a opinião unânime e única de todos.
Que o diga eu que resolvi questionar a “beleza” daquele video: “A banda mais chata da cidade!” . Ah, não era chata a palavra? Pra mim era chata. A banda.
Mas foi a maior discussão. Fui chamada de ranzinza à insensível. 
Quase volto a 2007... sem amigos no face.

Mas não condeno o uso do face. Até uso ele como ferramenta de trabalho.




As Retratistas à Curtam!

E eu leio Caras também. Kkkk

Mas perdi a vontade de escrever. Aqui no blog...lá no face... tenho a impressão que falo com as paredes. Que só daqui a 6 meses (ou anos)  é que alguém vai entender o que falei e, claro, nem vai lembrar que falei... e claro vai compartilhar no seu face a mesma coisa. Só que vai ser em clima de novidade.

E acho que todos tem o direito de compartilhar o que quiser e tiver vontade lá. O fb é o blog pessoal de cada um (huuuum...até isso...e depois me perguntavam pra que eu tinha blog.)

E é isso tudo que cansa. Porque todos escrevem, escrevem, escrevem... e a única coisa que me vem à cabeça quando leio minha TL do face é:

“Eu presto atenção no que eles dizem,
 mas eles não dizem nada!”

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