18 de maio de 2011

Viagem: São Paulo - "Que Galeria?"

Ontem fui desafiada por Débora a terminar o resto dos posts da minha viagem de 2009.
E eu disse a ela: “Calma, já postei 4 dias...faltam só 22”! :P
Eu chego lá. O problema é que outras viagens aconteceram e acho que nunca conseguirei contar tudo.
Eu queria... sério!
...
Mas enfim, chega de mimimi e vamos lá.
Claro que vou começar a contar pela última viagem, afinal, fui ver o show do U2! E, por mais que possa parecer o contrário... kkkk... eu sou muito fã do U2! 
\o/

Em 2006, quando fui aos shows da Vertigo Tour, em São Paulo, fiz a loucura de chegar em Sampa domingo, ir pros shows segunda e terça e voltar pra Recife na quarta.
Claro que passei 4 dias sem dormir, fiquei mega-super exausta e prometi que nunca mais faria isso. “Da próxima vez vou viajar com mais calma...

Hummm... acho que não foi bem isso que aconteceu... “Por que? Por que eu sou assim?

Eu até viajei antes (cheguei em Sampa na quarta e os shows eram sábado e domingo), mas inventei de emendar os shows com outra viagem (Meu roteiro --> São Paulo-El Calafate-Buenos Aires)... e continuei mega-super exausta na volta!
Mas pelo menos minha promessa agora é: “Da próxima vez não vou pra lugar nenhum depois de viajar pra assistir a um show. Vou voltar pra casa”.
Vamos ver...

Enfim, já que fui pra São Paulo na quarta, resolvi parcelar pelos dias antes do fim de semana tudo que, toda vez que vou pra São Paulo, tento fazer em um único dia.

Saí de Recife na quarta de manhã (depois de passar quase a noite inteira sem dormir - comecei a fazer a mala, tipo tirar ela de cima do armário, às 22h do dia anterior - longa noite!).

Cheguei em Sampa ao meio-dia da quarta-feira, 06 de abril. Eu e Anália. Os outros companheiros de show/viagem foram chegando com o passar dos dias. :)
O profissional contratado pra fazer nossos traslados em Sampa, Sérgio, já tava lá em GRU nos aguardando (sim, até esse momento achávamos que era um taxista, mas... “Não, eu não sou taxista, eu não dirijo táxi.” Enfim, Sérgio não era taxista. Kkk ).


E o que deveria ser só um serviço pra nossa volta dos shows... acabou sendo nosso “condutor” quase todos os dias por lá e foi a salvação financeira e ainda nos poupou muito tempo perdido em deslocamentos por São Paulo City (fechamos previamente um pacote com ele).

Exemplo: Anália resolveu comprar uma câmera fotográfica nos States, e a bendita estava justamente em São Paulo, retida na Receita Federal, aguardando liberação pra seguir pra Recife. Ela conseguiu com que a câmera fosse retirada em Sampa, porém tinha que ir lá na Receita. 
E sabe onde fica isso em Sampa? No raio que o parta, vizinho da casa de Noca, no bairro de Vila Leopoldina (que o metrô não passava nem perto). 
As nossas alternativas pra ir lá sempre terminava em: “perderemos o resto da quarta-feira nessa missão, a gente vai se perder na cidade, ficaremos presa no trânsito para sempre e, com muita sorte, conseguiremos voltar pro hotel, na Paulista, perto de meia-noite  - tinham várias baldeações metrô-ônibus-ônibus envolvidas e já seriam mais de 3h da tarde quando saíssemos do hotel pra lá”. E Sérgio nos salvou oferecendo nos levar entre a Av.Paulista-Vila Leopoldina-Galeria do Rock (que era a programação original) por R$ 30,00 a mais no pacote! Claro que aceitamos. Fomos do aeroporto pro hotel (Formule One, da Consolação), fizemos o check-in, deixamos as malas e ele nos levou lá. E deu tudo certo até ele nos deixar, por fim, na esquina da Av. Ipiranga com a 24 de maio, antes das 17h, tipo assim, a metros da Galeria do Rock... tsc tsc..

Que Galeria?
--> Nunca entrem na de cima!
Fomos andando pela rua...eu sabia mais ou menos onde era... e na primeira galeria: “É aqui!”. Entramos. Só pode ter sido a fome (eu tinha tomado café da manhã no avião – torrada + manteiga – só). 
Lugar estranho com gente esquisita. Mas... "Vamos entrar, né". Fomos subindo as escadas rolantes (que não rolavam – todas quebradas) e a medida que o térreo se afastava, a decadência aumentava, as pessoas iam se tornando mais estranhas, as lojas iam virando centros de venda de produtos afros, reggae ecoava pelas lojas de música, dialetos iam surgindo e, mais ou menos no terceiro andar, o Brasil já era um lugar muito distante dali (eu só ficava pensando que ia matar meu irmão por me ter feito ir naquele lugar).  
Pessoas falando em línguas desconhecidas da minha pessoa, uma tv estava transmitindo um jogo de futebol (sempre unindo as pessoas em qualquer lugar do mundo), onde uma multidão se aglomerava na frente e tivemos que literalmente atrapalhar a visão de muitos pra passar... (o que nos fez subir “correndo” mais um andar) e lá no 4º andar resolvemos perguntar a uma mulher que estava saindo de uma loja se aquele lugar era a Galeria do Rock.
E o que ela respondeu? (num português sofrível e com um forte sotaque de alguma outra parte do planeta):
- “KÊE GALÊRRRIA?” 
Nesse momento o único pensamento que veio na minha cabeça foi: “Espero que achem pelo menos nossos corpos”! kkkk
E o de Anália: “Eu posso entregar minha câmera nova como pagamento do resgate!
E refiz a pergunta: "Como eu faço pra sair daqui viva?" (kkk – brincadeira!)
Sei que ela disse:
-  “NÔ, AKI NÔ... NO GALÊRRRIA RROC”!
E nesse momento, sem mais conversa, nos viramos e começamos a descer os longos e intermináveis 4 andares da “Galeria do Reggae” sob o olhar de todos por onde passávamos, pendurados nas grades que davam pro vão central. #mastermedo
Não, gente...diz se não dá pra confundir!?!!!  
Mas sobrevivemos! :))

E tudo ficou lindo depois disso. Achamos a Galeria do Rock e, de repente, ela se parecia com a Galeria Lafayette de Paris... Nunca vi punks-rocks tão bonitos e bem vestidos.
Depois me arrependi por não ter tirado fotos, mas o trauma ainda tava grande. Não conseguiria executar movimentos "bruscos". kkkk
Mas, eu até consegui comprar roupinhas Rock´n Roll pra crianças "maletes"! :)))


E até o metrô no horário do rush não abalou mais (apesar de já ser noite quando saímos de lá, ficou até fácil de achar a entrada. Era só seguir a multidão que se dirigia pra lá...). Tudo lindo!

Metrô:
Linha Azul: Estação São Bento (sentido Jabaquara) >> Baldeação na Estação Paraíso >> Linha Verde: Estação Consolação (sentido Vila Madalena). 

E um viva aqui pras cidades que possuem metrô e que você consegue chegar em qualquer lugar, mesmo no pior horário do trânsito (não, Recife, eu não tô falando com você!)
E, claro, que ainda passeamos pela Paulista quando descemos na Estação Consolação e de repente comecei a desconfiar que não iam ser dias de “descanso” esses antes dos shows.

1 comentários:

Paulo on 19 de maio de 2011 às 12:57 disse...

Eu li!!!! mesmo já conhecendo as histórias.

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